Aviso: A resenha contém spoilers
Superman: O Último Filho (The Last Son em inglês) é uma história escrita por Geoff Johns e Richard Donner e desenhada por Adam Kubert. O arco foi da edição 844 até 846 e depois pula para a edição 851 e a conclusão no Anual número 11 da revista que deu origem ao herói, “Action Comics”. O evento foi de 2006 a 2008.
A Trama acompanha Clark Kent, o Superman, que estava trabalhando no Planeta Diário quando ‘pressentiu’’ que um meteoro estava prestes a cair na cidade de Metrópolis. Clark consegue se vestir de Superman a tempo de impedir que o meteoro caísse. Então o Superman percebe que aquilo não era um meteoro, e sim uma nave que estava abrigando uma criança, que após ser resgatada, foi enviada para uma base do Departamento de Assuntos Meta-Humanos pra ser devidamente estudada.
Depois disso, é descoberto que a criança é Kriptoniana e depois de um tempo, Clark vai visitá-la. Ao chegar, ele descobre que a criança não estava mais no local e que foi transferida para outra instalação do Governo para continuarem com os estudos, mas Kent consegue resgatar o garoto. Superman leva o menino para a fazenda de seus pais para eles o criarem, porém eles se recusam, é quando Lois Lane, esposa de Clark, tem a idéia de adotá-lo e o chamaram de Christopher Kent.
Perto da Fortaleza da Solidão, caem três naves similares a de Christopher. Nestas naves estavam os criminosos General Zod, Ursa e Non. Eles foram aprisionados na Zona Fantasma há muito tempo atrás e após fugirem, entraram na Fortaleza da Solidão e libertaram vários criminosos que estiveram presos com eles.
Tempo depois, muitas naves começaram a cair em Metrópolis e todos os criminosos começaram a atacar a cidade do amanhã.
Superman tenta impedir e acaba indo parar na Zona Fantasma. Com a ajuda de seu antigo amigo Mon-El, Kent encontra um lugar que foi usado por Zod e seus companheiros para fugirem. Lá dentro, Superman é atacado por uma espécie de “guarda” do local, mas com a ajuda de Mon-El, eles conseguem derrotar o guarda e Superman consegue sair da Zona Fantasma. Depois disso, vai pedir ajuda a Lex Luthor.
Luthor aceita ajudar e convoca uma equipe de ataque formada por Bizarro, Parasita e Metallo. Superman começa a lutar com os vilões e estava perdendo quando de repente, Christopher aparece para ajudá-lo. Durante isso, é descoberto que ele é filho de Zod e Ursa e que sofria abusos constantes dos pais.
Enquanto a batalha ocorre, Lex Luthor consegue descobrir uma forma de banir os criminosos para a Zona Fantasma novamente. Quando a máquina foi ativada, todos que estiveram na Zona Fantasma, inclusive o Superman, começam a ser sugados de volta para lá. Até que eles percebem que Christopher está mantendo o portal aberto, então o mesmo voa até o local, impede que o Superman entre e fica definitivamente preso na Zona Fantasma.
A história está muito bem trabalhada e o roteiro ao ser desenvolvido valorizou todos os personagens de acordo com suas ações. Os desenhos com suas cores ficaram bons e bem definidos.
Porém Zod tem uma historia até que clichê: O antepassado do herói fez algo de ruim para o vilão. O antepassado morre e o vilão deseja se vingar do descendente dele.
Os personagens estão bem construídos, principalmente o Christopher Kent. É interessante como a história mostra o lado paterno de Clark Kent. Ele protegeu, defendeu e acolheu, por isso Kal-El pode ser considerado o verdadeiro pai do menino, e não Zod. Essa HQ é a primeira aparição de Zod no universo Pós-Crise nas Infinitas Terras. Isso o transforma em um personagem relativamente original. Pois a primeira versão era bem desconhecida.
No geral, O Último Filho mostra um ótimo arco e merece ser lido por todos os fãs tanto do Superman quanto dos quadrinhos da DC.
Nós vimos alguns lampejos de sua vida neste planeta primitivo por décadas, e ainda assim eu nunca entendi seus motivos para se auto-degradar.
Superman – O Último Filho (The Last Son – Publicado originalmente nas edições 844 a 846 e na revista anual 11 de Action Comics – EUA – 2006 a 2008, DC Comics). Roteiro: Geoff Johns e Richard Donner. Arte: Adam Kubert. Cores: Dave Stewart. Editor original: Matt Idelson.