Dois cavaleiros caminhavam em uma estrada. O horizonte era obscurecido por névoas e o único barulho que podia ser ouvido era o do vento que soprava sua fria melodia. O silêncio sombrio criava a atmosfera de uma calmaria que antecede a tempestade.

Dois monstros apareceram e atacaram os andarilhos. Um deles largou tudo o que tinha e fugiu. O outro, desembainhou sua espada e se preparou para o duelo.

Um dos monstros perseguiu o fugitivo, que corria, e corria, e corria. Aos poucos, o homem ia se cansando, e se esgotando, e se desgastando, até não conseguir correr mais. Quando a fadiga o dominou por completo, ele caiu, afinal, era humano. E o monstro o alcançou, e não estava nem um pouco exaurido, afinal, não era humano. O abatido andarilho não tinha forças para lutar, pois havia gastado tudo tentando escapar da besta, que o assassinou com facilidade. Sua decisão selou seu destino. Suas ações o levaram de encontro à sua sina. Um trágico desfecho. Derrota.

O outro errante combatia o monstro que tentava matá-lo. A princípio apanhou muito, mas nunca se dava por vencido. Sempre se postava de pé e retornava à batalha. Depois de ser atacado diversas vezes, o homem começara a entender o modus operandi da criatura. Pouco a pouco, conseguia se defender. Gradativamente, conseguia se esquivar. Progressivamente, conseguia contra-atacar. Conforme o duelo avançava, ele encontrava os pontos fracos de seu inimigo e os golpeava com força total. Com muito empenho, assassinou o monstro. Sua decisão selou seu destino. Suas ações o levaram de encontro à sua sina. Um glorioso desfecho. Vitória.

De cabeça erguida, o cavaleiro prosseguiu sua jornada. Se outros monstros aparecerem em seu caminho, ele já sabe como derrotá-los…

Compartilhe

Sobre o Autor

21 anos. Apreciador de cinema, literatura, quadrinhos e heavy metal.